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Manifestações pacíficas, mas com bandeiras contraditórias

Maurício Araujo

Protestos contra e a favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido) marcaram o 7 de Setembro, Dia da Independência do país. Apesar de as principais manifestações terem sido realizadas nas capitais dos Estados e no Distrito Federal, com milhares de pessoas nas ruas apoiando o presidente, Santa Maria não ficou de fora dos protestos. No Largo da Locomotiva, muitos também replicavam as palavras de Bolsonaro.

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De forma ordeira e pacífica, os apoiadores do governo compareceram ao ato no município. Antes disso, na segunda-feira, com o aumento da tensão pró e contra o governo, coordenadores dos dois grupos foram chamados ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). O objetivo foi organizar as manifestações, horários e possíveis deslocamentos. Tudo para garantir a segurança dos participantes. Ontem, um pequeno protesto contra o presidente também foi registrado na Praça Saldanha Marinho.

 Assim como em outras cidades brasileiras, aqui, alguns manifestantes levaram faixas pedindo "a destituição do STF e parte do Congresso Nacional", entre outras bandeiras consideradas contraditórias em uma democracia.

ATAQUES

Em Brasília, milhares de pessoas se reuniram para celebrar o mandatário da nação, enquanto outra parcela reivindicava contra Bolsonaro e as crises institucionais e econômicas. Não faltaram faixas e cartazes com pautas antidemocráticas por parte dos grupos pró-governo, afinal, as próprias manifestações foram convocadas com este propósito. O presidente, que nunca prezou pela união - e mesmo que a data seja de todos os brasileiros e não de um grupo político - fez o que se esperava dele: manteve o discurso de confronto.

Nas falas, Bolsonaro disse que "o país não pode ficar refém de uma ou duas pessoas, não interessa onde elas estejam". Mesmo sem citar nomes, complementou que essas "uma ou duas pessoas entram nos eixos ou simplesmente serão ignoradas da vida pública", em clara referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Nas últimas semanas - mesmo que diga que joga dentro das quatro linhas da constituição -, o presidente atacou os integrantes do Supremo, que nada mais é que uma das bases da democracia.

Bolsonaro falou aos manifestantes em Brasília e também em São Paulo. Na Avenida Paulita, o presidente atacou diretamente Moraes e disse que não cumprirá as decisões do ministro, que é justamente o responsável pelas investigações de financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia.

CRISES

As manifestações aconteceram mesmo quando o país passa por diversas crises institucionais e políticas, sem contar as econômicas e sanitárias.


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